aula 5
# EPIDEMIOLOGIA
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# ÍNDICES E COEFICIENTES INDICADORES DE SAÚDE
Valores usados para avaliar o estado de saúde de uma população.
Indicadores negativos: mais trabalhados em saúde.
Indicadores positivos:
– Morbidade e mortalidade.
– Medem qualidade de vida.
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# ÍNDICES E COEFICIENTES INDICADORES DE SAÚDE
## Principais modalidades de indicadores de saúde:
– Mortalidade/sobrevivência.
– Morbidade/gravidade/incapacidade funcional.
– Nutrição/crescimento e desenvolvimento.
Aspectos demográficos.
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# ÍNDICES E COEFICIENTES INDICADORES DE SAÚDE
## Coeficiente (taxa) x Índice:
### Coeficiente (taxa):
Mede sempre uma probabilidade, o risco médio que um indivíduo da população tem de sofrer determinado evento.
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## Índice:
Não mede probabilidade nem risco, apenas relaciona duas quantidades ou dois eventos.
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# ÍNDICES
## Índice demográfico (densidade populacional):
– Número de indivíduos que vivem em determinado local área geográfica.
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# DENSIDADE POPULACIONAL
– Em um aviário localizado em uma propriedade rural do município de Lageado-RS existem 14.000 aves, sabe-se que o aviário possui 5.000 metros quadrados, qual a densidade populacional desse aviário?
– 14.000 \ 5.000 =
– 2,8
– A densidade populacional do aviário em questão é 2,8 aves por metro quadrado.
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# COEFICIENTES (TAXAS)
Frequência de certa característica (doença, óbito) expressa por unidade de tamanho da população na qual essa característica foi observada.
Coeficientes são expressos em unidades de tamanho da população, que é sempre uma potência de 10, que é a chamada base do coeficiente.
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# COEFICIENTES (TAXAS)
Regra geral:
Escolher uma potência de 10 que, ao ser multiplicada pelo resultado da divisão, proporcione um número prontamente compreensível.
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# COEFICIENTES (TAXAS)
Três informações para achar o coeficiente:
**Numerador:** número de indivíduos afetados.
**Denominador:** população.
Especificação de tempo e espaço
Número de indivíduos afetados em determinado local e tempo\população x coeficiente de 10.
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# MORBIDADE
Refere-se ao conjunto dos indivíduos que adquirem doenças num dado intervalo de tempo em uma determinada população.
Mostra o comportamento das doenças e dos agravos à saúde na população.
Indicadores de Morbidade:
– Incidência.
– Prevalência.
– Taxa de ataque.
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# MORBIDADE – INCIDÊNCIA
Da ideia da intensidade com que acontece uma doença em uma população.
Alta incidência significa alto risco coletivo de adoecer.
Coeficiente de incidência = nº de casos novos da doença em um dado local e período \ população do mesmo local e período x múltiplo de 10
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# MORBIDADE – INCIDÊNCIA
– No ano de 2023 o município de Bagé-RS possuía um rebanho bovino com o total de 248.548 bovinos. Durante esse mesmo ano foram diagnosticados 12.100 novos casos de mastite. Qual a **incidência** da doença no ano de 2023 no município de Bagé-RS?
– 12.100\248.548 x múltiplo de \( 10 = \)
– \( 0,048 \times 10.000 = \)
– **480**
– 480 a cada 10.000 bovinos tiveram novos casos de mastite durante o ano de 2023 no município de Bagé-RS.
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# MORBIDADE – PREVALÊNCIA
Implica em acontecer e permanecer existindo num momento considerado.
É o número total de casos de uma doença, existentes num determinado local e período.
Coeficiente de prevalência = \( n^2 \) de casos existentes (novos + ant.) em dado local e momento \ população do mesmo local e período x múltiplo de 10
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# MORBIDADE – PREVALÊNCIA
– No ano de 2023 o município de Bagé-RS possuía um rebanho bovino com o total de 248.548 bovinos. Durante esse mesmo ano foram diagnosticados 12.100 novos casos de mastite, sendo que já existiam 23.900 casos de mastite ativos. Qual a prevalência da doença no ano de 2023 no município de Bagé-RS?
– 12.100 + 23.900 \ 248.548 x múltiplo de 10 =
– 36.000 \ 248.548 x múltiplo de 10 =
– 0,14 x 10.000 =
– 1.448
– 1.448 a cada 10.000 bovinos possuíam mastite durante o ano de 2023 no município de Bagé-RS.
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# MORBIDADE – TAXA DE ATAQUE
Coeficiente ou taxa de incidência de uma determinada doença para um grupo de pessoas\animais expostas ao mesmo risco limitadas a uma área bem definida.
Útil para investigar e analisar surtos de doenças ou agravos à saúde em locais fechados.
**Taxa de ataque =**
Nº de casos de uma determinada doença num dado local e período x 100 \ população exposta ao risco.
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# MORBIDADE – TAXA DE ATAQUE
– Em uma propriedade rural no município de Bagé-RS, no mês de janeiro de 2023 existiam 15 casos de mastite no rebanho leiteiro. Sabe-se que o rebanho leiteiro da propriedade neste mês contava com 480 animais. Qual a taxa de ataque da doença neste rebanho?
– \( 15 \times 100 \, \text{/} \, 480 = \)
– \( 1500 \, \text{/} \, 480 = \)
– **3,12**
– A taxa de ataque da mastite da propriedade no mês de janeiro do ano de 2023 foi de 3,12 %.
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# FORMAS DE OCORRÊNCIA DE DOENÇAS EM POPULAÇÕES
Forma:
Endêmica.
Epidêmica.
Pandêmica.
Esporádica.
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# FORMAS DE OCORRÊNCIA DE DOENÇAS EM POPULAÇÕES
## Endemia: em animais pode-se usar o termo enzootia.
### Ocorre em uma população dentro dos limites esperados.
A ocorrência da doença naquela população é constante e frequente, situação estável.
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# FORMAS DE OCORRÊNCIA DE DOENÇAS EM POPULAÇÕES
## Endemia: em animais pode-se usar o termo enzootia.
### Combinação de fatores que permitem a manutenção do agente etiológico naquela população:
meios de transmissão, suficiente densidade de hospedeiros susceptíveis e fatores ecológicos que possibilitem a transmissão e a sobrevivência do agente etiológico.
### Ex: anemia infecciosa equina em áreas da Região Centro-Oeste do Brasil.
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# FORMAS DE OCORRÊNCIA DE DOENÇAS EM POPULAÇÕES
## Epidemia: em animais pode-se usar o termo epizootia.
– **Ocorrência de uma doença, transmissível ou não, em patamares acima dos limites esperados para o período**, isto é, acima do nível endêmico.
– **Epidemia não envolve sempre um grande número de casos da enfermidade.**
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# FORMAS DE OCORRÊNCIA DE DOENÇAS EM POPULAÇÕES
## Epidemia: em animais pode-se usar o termo epizootia.
– População deve ter estado sujeita a um ou mais fatores que não estavam presentes anteriormente.
– Diferenciar epidemias de foco.
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# FORMAS DE OCORRÊNCIA DE DOENÇAS EM POPULAÇÕES
**Foco: episódio de uma enfermidade, ocorrido em um rebanho, no qual todos os seus indivíduos estão expostos ao risco de contrair a enfermidade.**
– Na prática o serviço de Defesa Sanitária Animal considera cada propriedade um foco.
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# FORMAS DE OCORRÊNCIA DE DOENÇAS EM POPULAÇÕES
**Surto: grupo de focos originados de uma fonte de infecção comum, em uma área e um período de tempo determinados.**
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**Diferença entre surto e epidemia:** surto se refere à ocorrência da enfermidade acima dos limites esperados em uma população restrita. Ex: quartel, escola.
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# FORMAS DE OCORRÊNCIA DE DOENÇAS EM POPULAÇÕES
## Pandemia: em animais pode-se utilizar o termo panzootia.
– **Ocorrência da enfermidade acima dos valores esperados e atingindo grandes extensões geográficas.**
– Ex: peste bovina, febre aftosa e peste suína africana. Anos 1978 e 1979 ocorreu uma pandemia de parvovirose canina em muitas partes do mundo.
– **Ex em humanos:** peste bubônica na Idade Média, cólera no século XIX, influenza logo após a Primeira Guerra Mundial e Aids.
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# FORMAS DE OCORRÊNCIA DE DOENÇAS EM POPULAÇÕES
## Ocorrência esporádica:
– Doença ocorre de maneira irregular e casual.
– Surtos pequenos e localizados.
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# TENDÊNCIAS OU VARIAÇÕES NA DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL DAS DOENÇAS
Observação dos fenômenos relativos à saúde ao longo do tempo permite verificar variações ou tendências que podem ocorrer em sua frequência.
– Estacional.
– Cíclica.
– Secular.
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# TENDÊNCIAS OU VARIAÇÕES NA DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL DAS DOENÇAS
## Variação ou tendência estacional (ou sazonal)
### Variações da ocorrência está relacionada com uma estação ou uma época do ano.
Relacionado às condições ambientais, como alterações na densidade de hospedeiros, práticas de manejo, sobrevivência do agente etiológico, dinâmica da população de vetores.
Ex: peste bovina na África – ocorre na época da seca, pois os animais se agrupam ao redor de poças de água, aumentando a densidade populacional e facilitando a transmissão do agente etiológico.
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# TENDÊNCIAS OU VARIAÇÕES NA DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL DAS DOENÇAS
## Variação ou tendência estacional (ou sazonal)
– Ex: leptospirose humana após enchentes, águas contaminadas entram em contato com a água da inundação, e o agente etiológico tem acesso aos hospedeiros.
– **Ex: doenças transmitidas por vetores – flutuação ligada a população de artrópodes que varia conforme a época do ano.**
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# TENDÊNCIAS OU VARIAÇÕES NA DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL DAS DOENÇAS
## Variação ou tendência cíclica:
– Envolve espaços de tempo que ultrapassam 1 (um) ano.
– Associada a alterações periódicas na densidade de hospedeiros susceptíveis, permitindo a transmissão do agente etiológico.
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# TENDÊNCIAS OU VARIAÇÕES NA DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL DAS DOENÇAS
## **Variação ou tendência cíclica:**
– Agente etiológico tem alta patogenicidade, mas confere imunidade relativamente duradoura.
– Ex: febre aftosa no Paraguai nos anos 70.
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# TENDÊNCIAS OU VARIAÇÕES NA DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL DAS DOENÇAS
## Variação ou tendência secular ou de longo prazo:
### Longos períodos de tempo.
– Influenciada por diversos fatores, **geralmente** resulta da ação humana.
– Produção animal intensiva.
– Introdução de novas tecnologias.
Ex: raiva, redução na incidência da enfermidade em cães domésticos.
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# TIPOS DE DIAGNÓSTICO
## Clínico:
Baseado nos sinais e sintomas clínicos, constitui um diagnóstico de suspeição.
Mais seguro nos casos em que o animal apresenta um quadro típico.
## Epidemiológico:
Uso de evidências circunstanciais, que podem levar ao descobrimento da fonte de infecção.
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# TIPOS DE DIAGNÓSTICO
## Laboratorial:
Métodos especiais, que geralmente por si só permitem um resultado mais ou menos conclusivo.
Fornecem informações adicionais capazes de levar ao diagnóstico definitivo.
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# TIPOS DE DIAGNÓSTICO
## Laboratorial Direto:
Reconhece a presença do agente no organismo do hospedeiro.
Não existem falso-positivos.
## Laboratorial Indireto:
Reconhece indiretamente a presença do agente etiológico.
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# OBRIGADO PELA ATENÇÃO
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